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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O Esporte é autoconhecimento

Rafael Nadal, exemplo de concentração e força mental. (reprodução: www.sport.es)
“Durante uma partida cheia de reviravoltas, não vemos desfilar toda a gama de sentimentos humanos exacerbados, sublimados pelas circunstancias, condensados naquele evento como em uma vida? (Ducasse, Francois)”. A prática esportiva mobiliza as dimensões do ser humano de forma integrada, e, portanto, a imagem e a autoridade demonstrada durante a competição dependem da imagem que temos de nós mesmos e da autoridade que podemos manifestar fora de campo.


A forma e o movimento do corpo carregam a história do indivíduo, portanto, a exacerbação citada por Ducasse faz do esporte um instrumento de desenvolvimento pessoal formidável, e ajuda o individuo no processo de determinar os pontos fracos e fortes de sua personalidade, e de identificar e derrubar as barreiras que impedem o florescimento do talento. Este processo demanda, porém, um alto nível de concentração e consciência corporal, pois é através da observação experimental de nosso corpo que acabamos adquirindo maior conhecimento e controle sobre as emoções.

A maioria dos programas de treinamento que temos hoje em dia negligencia o aspecto mental e foca quase que exclusivamente na parte física, o que gera um empobrecimento no desenvolvimento integral do indivíduo. Trabalhar essa integração é um exercício que se estende para todos os aspectos da vida, pois ao entendermos nosso processos mentais e trabalharmos neles, ganhamos força e autonomia para superar outros desafios, e trazer para nossas vidas as mudanças que queremos ter, ao invés de ficarmos presos aos velhos padrões, sem conseguir quebrá-los. A força mental é uma habilidade essencial no processo de formação de novos hábitos, e assim como qualquer outra habilidade, temos que treinar para desenvolvê-la.

Como disse Joseph Pilates: “É estar presente, concentrado e não distraído. É a mente que esculpe o corpo”.



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