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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A Aura vencedora

Frank Esposito. (reprodução: francisswim.blogspot.com)

Nenhuma competição acontece apenas a partir do momento em que o juiz apita ou é dada a largada. Além dos incontáveis treinos, os atletas de ponta convivem com os instantes anteriores aos jogos ou competições, e muitas vezes, é nestas situações que o destino do vitorioso é traçado. A confiança que eles expressam nas concentrações e vestiários é determinante.


Zé Roberto, lateral do Palmeiras, após o fim da primeira partida da final da Copa do Brasil, disputada contra o Santos, afirmou para o seu técnico que eles iriam virar a disputa, mesmo indo em desvantagem para o segundo jogo.
Dito e feito, uma semana depois o Palmeiras sagrou-se o campeão da Copa do Brasil de 2015. 


Michael Gross. (reprodução: tudosobrenatacao.blogspot.com.br)
O grande trunfo de atletas vencedores não é necessariamente a autoconfiança, mas a capacidade de fazer os outros acreditarem que eles têm autoconfiança. Antes ou durante uma competição, um gesto, uma palavra, um olhar pode fazer um atleta ganhar a ascendência psicológica sobre seus adversários (Ducasse, François, 2000). O nadador Frank Esposito fala sobre a influência da autoconfiança na competição:

“Pode-se saber quem será o campeão olímpico na sala de espera. A prova muitas vezes é apenas uma confirmação”. Em 1991, quando enfrentou o lendário Michael Gross no campeonato mundial de Perth, Esposito afirmou: “Eu não o vi chegar atrás de mim na sala de espera. Tossi e imediatamente ouvi um grito às minhas costas. Era ele. Ninguém mais ousava se mexer. Ele tinha ganhado no grito antes de entrar na água”.

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