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Rafael Nadal, exemplo de concentração e força mental. (reprodução: |
“Durante uma partida cheia de reviravoltas,
não vemos desfilar toda a gama de sentimentos humanos exacerbados, sublimados
pelas circunstancias, condensados naquele evento como em uma vida? (Ducasse,
Francois)”. A prática esportiva mobiliza as dimensões do ser humano de forma
integrada, e, portanto, a imagem e a autoridade demonstrada durante a
competição dependem da imagem que temos de nós mesmos e da autoridade que
podemos manifestar fora de campo.
A forma e o
movimento do corpo carregam a história do indivíduo, portanto, a exacerbação
citada por Ducasse faz do esporte um instrumento de desenvolvimento pessoal
formidável, e ajuda o individuo no processo de determinar os pontos fracos e
fortes de sua personalidade, e de identificar e derrubar as barreiras que
impedem o florescimento do talento. Este processo demanda, porém, um alto nível
de concentração e consciência corporal, pois é através da observação
experimental de nosso corpo que acabamos adquirindo maior conhecimento e
controle sobre as emoções.
A maioria dos programas de treinamento que
temos hoje em dia negligencia o aspecto mental e foca quase que exclusivamente
na parte física, o que gera um empobrecimento no desenvolvimento integral do
indivíduo. Trabalhar essa integração é um exercício que se estende para todos
os aspectos da vida, pois ao entendermos nosso processos mentais e trabalharmos
neles, ganhamos força e autonomia para superar outros desafios, e trazer para
nossas vidas as mudanças que queremos ter, ao invés de ficarmos presos aos
velhos padrões, sem conseguir quebrá-los. A força mental é uma habilidade
essencial no processo de formação de novos hábitos, e assim como qualquer outra
habilidade, temos que treinar para desenvolvê-la.
Como disse Joseph
Pilates: “É estar presente, concentrado e não distraído. É a mente que esculpe
o corpo”.
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